O objetivo da terapia de casal é ajudar os parceiros a ver o problema como um todo e a entender o impacto desse problema sobre o casal (e, de maneira mais geral, sobre a família). Ela também pode, se for o caso, ajudar um casal a se separar de maneira mais saudável.
Durante uma sessão, os parceiros devem, por um lado, conseguir explicar suas frustrações e seus problemas e, por outro lado, ouvir (e entender) os de seu cônjuge. A ideia é trabalhar a fundo a comunicação dentro do casal, levando em conta a história e o passado de cada um. Desta forma, o casal pode encontrar novas bases para recomeçar uma relação mais saudável, com alicerces mais sólidos.
Às vezes, é necessário um grande número de sessões antes que os efeitos sejam percebidos. Não é uma solução rápida: os parceiros precisam estar realmente envolvidos e se responsabilizar pela própria melhora para que o processo traga frutos.
Na abordagem integral, o casal que ainda não ultrapassou a primeira crise séria não pode ser considerado um casal, já que ainda não houve a necessidade de ambos mergulharem na própria história para chegar a um acordo.
E muitas vezes, essa grande crise é sufocada ao invés de ser resolvida, já que dá muito trabalho dialogar, refletir sobre as próprias atitudes e a própria responsabilidade, mudar a forma de pensar.
“Sofrer é mais fácil do que resolver”.
Assim, a crise continua presente, “em fogo lento”, sempre a ponto de explodir. E quando a explosão ocorre, é muito difícil reparar os danos.
Mesmo em uma relação entre dois seres que se amam, nem sempre é fácil encontrar uma harmonia: cada pessoa terá uma resposta diferente às situações vividas pelo casal, e essa resposta depende muito do que foi vivido pela pessoa na vida familiar pregressa e na infância.
Essa diferença de resposta fica ainda mais gritante no caso dos casais binacionais, que constituem a maioria dos casais que atendo em meu consultório: entre eles, há diferenças culturais, de idioma, de hábitos e de história de vida, e também diferenças mais sutis, como diferenças de paladar, de gosto musical ou de forma de se comunicar. O casal intercultural deve aprender a misturar suas culturas para viverem juntos, sempre se adaptando à cultura do lugar onde escolheram viver. O casal é, assim, uma terceira entidade em construção.
Meu interesse em psicologia começou por volta dos 14 anos. Foi quando tive, pela primeira vez, contato com Jung e suas ideias sobre o inconsciente coletivo, os arquétipos, a mitologia…
Na faculdade, cursei Fisioterapia por um ano e meio, mas logo ficou claro que aquele não era meu caminho. Assim, apesar da resistência da minha família, pedi transferência para o curso de Psicologia.
Fiquei encantada com o estudo da mente, das relações e do comportamento humano. Foi uma revelação.
Outra revelação ainda maior veio ainda no meu primeiro ano, quando fiz um estágio em uma ONG budista (NEIMFA) na favela do Coque, considerada a mais violenta do Recife. Ali, eu desenvolvia um trabalho de grupo com crianças desfavorecidas e os pais delas.
A NEIMFA adotava uma abordagem Transpessoal. A Psicologia Transpessoal é uma escola de pensamento transdisciplinar que estuda o ser humano em sua totalidade, incluindo os aspectos espirituais, sociológicos e históricos, além de reconhecer o potencial dos diferentes estados de consciência. Essa abordagem fazia muito mais sentido para mim do que a psicologia clássica.
Em 2012, minha vida mudou completamente após uma viagem de férias a Nice, na França. Assim que desembarquei no país senti uma identificação imediata. Foi muito difícil retornar a Recife depois dessa experiência.
Assim, consegui uma bolsa integral para cursar o mestrado em Psicologia Intercultural da Universidade Paris XIII. Foi nesse curso que me especializei nos diversos assuntos ligados à imigração com que trabalho até hoje: o bilinguismo, os casais interculturais, adaptação e a integração do imigrante, os conflitos familiares, os conflitos do imigrante com a cultura local, os imigrantes ilegais…
Em seguida, engatei um doutorado em Psicologia Intercultural com o tema da Obesidade. Também dei aulas na Universidade Paris XIII das disciplinas Identidade e migração e Psicopatologia da criança.
Em 2017, decidi fazer a minha primeira formação em terapia de casal segundo a abordagem sistêmica familiar em Paris. No quadro dessa formação, fui seguida por uma supervisora durante 2 anos para acompanhar meus atendimentos. Após essa formação, aprofundei meus estudos sobre o amor, relacionamento e sexualidade com a Teoria das Constelações familiares de Bert Hellinger. Há 5 anos, atendo casais de culturas diferentes, com as mais variadas demandas.
Foi somente ao cabo de 9 anos de profissão que de fato percebi que precisava criar uma nova forma de trabalhar, uma forma só minha, em que passaria a olhar o ser humano de forma integral. Senti que precisava sair do mental (tão valorizado na psicologia clássica) para ir para o corpo, para a intuição – não só dos pacientes, mas também a minha.
Depois de 12 anos de carreira, finalmente me sinto pronta para falar de meu trabalho, de minhas práticas e de meu método de tratamento do ser humano em todos os seus aspectos, que chamo de Psicologia Integral.
“A terapia de casal é um lugar privilegiado para auxiliar o casal a usufruir o que é positivo da relação, transformando o negativo em novos aprendizados, despertando para novas posturas e estimulando a auto-responsabilidade na construção da conjugalidade”. Dra. Paula Eskinazi
Vejas as transformações que a Terapia de Casal pode proporcionar a você
"Madame Paula Vieira Eskinazi nos ajudou muito, minha esposa e eu.
Passamos por dificuldades, durante as quais ela sempre soube nos orientar e, sobretudo, nos ajudar a nos comunicar. Estes tempos difíceis ficaram para trás, em vez de nos destruir, permitiram fortalecer a nossa união, fazê-la evoluir positivamente. Nunca agradecerei o suficiente a Paula por seu apoio, sua precisão, sua relevância. Ela realmente soube nos acolher sem julgamentos, assim como somos, enquanto nos permite mudar."
"Obrigado Paula! Graças a você, superamos um período de conflito com meu marido. Sua escuta foi inestimável para nós, sua sensibilidade e sua grande sinceridade nos trouxeram muita clareza, nos ajudando a questionar nossa dinâmica de relacionamento. As terapias complementares também ajudaram a transformar nosso relacionamento. Mais uma vez obrigado!"
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